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As cores de Frida

  • Thais Andressa
  • 11 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

A Musa da arte do século XX, que lutou contra padrões impostos pela sociedade, onde a mulher era oprimida, não podendo exercer seus mais profundos anseios. A biografia dessa grande artista, traduz o que há de mais intenso e trágico na vivência humana, não só no campo físico, mas também psicológico. Nascida em uma família pobre, Frida Kahlo tinha mais três irmãs. Seu pai, apaixonado pelo mundo da arte, influenciou-a nesse caminho. Sua mãe tinha uma religiosidade fervorosa, da qual Frida herdou.

Com apenas 6 anos de idade foi acometida por Poliomielite, doença severa que a deixou aleijada de uma das pernas. O termo: "Frida Pata de palo (Frida perna de pau), era comumente utilizado a ridicularizando e contribuindo para o aumento de sua dor. Mas a sequela maior era na alma. Não bastasse se olhar no espelho e conviver com a dura realidade de sua limitação, a sociedade agravava o quadro da jovem. Os olhares discriminatórios e as críticas de seus amigos de escola eram ferrenhas.

O grande amor de Frida foi o pintor Diego Rivera. Mexicano, gordo e tinha o dobro de sua idade. Os pais da artista consideravam cômica a união do casal, intitulando-os: "O Elefante e a Pomba". A frágil Frida apaixonara-se pelo ogro mulherengo, o artista que trabalhava incansavelmente e que já tinha constituído uma carreira sólida. Um homem experiente e que correspondera ao amor de Frida, mas que sobretudo amava ainda mais a liberdade.

Frida foi uma mulher a frente de seu tempo. Uma palavra que a definisse seria: Intensa. A intensidade de seus 46 anos de traumas, suas diversas aventuras amorosas, frutos de uma alma inquieta. A dor física limitou seu corpo, mas deu asas para o seu espírito criativo. Uma imaginação fértil, que queria criar, por amor a Diego e por ter em seu ser a essência da arte. O sofrimento a lapidou, se não o fosse teria sido pequena, acomodada no conforto de um mundo onde ser mulher era sinônimo de submissão.

Conhecer a história dessa grande artista é adentrar num universo mágico, conhecer as raízes mexicanas, perder-se nas cores vivas das pinturas e encontrar-se na efervescência de uma nova era. Comunista, entrou por influência de Diego num ambiente hostil e machista político da época. Foi amada e muito amada. Conheceu Trotski, Picasso, Salvador Dali. " Chamaram-me de Surrealista. Mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei minha própria realidade".

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